quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Michelle Williams é a atriz revelação do ano


Devo admitir que este não será um perfil imparcial de Michelle Williams. Já entrevistei mulheres que admiro, cheias de inteligência e estilo. Mas dessa vez é diferente. Tinha me encontrado pela primeira vez com Michelle algumas horas antes (em um dia em que ela mesma admitiu não ser um de seus melhores) e, desde o primeiro momento, senti que a conhecia. Pensando melhor, a sensação de proximidade começou quando fui assistir, no dia anterior, a My Week with Marilyn (com estreia prevista para este mês no Brasil e que rendeu a Michelle o Globo de Ouro de melhor atriz na categoria comédia ou musical). Talvez eu não consiga mais separar Michelle da personagem. A atriz se tornou, de fato, Marilyn Monroe no filme. Cada respiração, cada movimento lembra o mito. Na entrevista, procurei detalhes sobre Michelle e tudo o que encontrei foi Marilyn Monroe.

O filme conta a história do jovem inglês Colin Clark (interpretado por Eddie Redmayne), que começou na indústria de cinema como assistente de câmera no filme O Príncipe Encantado (1957), um projeto dirigido e estrelado por Laurence Olivier (Kenneth Branagh). Durante as filmagens, na Inglaterra, ele se envolve com Marilyn Monroe, que fazia parte do elenco e, na época, era casada com o escritor Arthur Miller.

Incorporar uma das mulheres mais famosas do mundo não é tarefa fácil. Michelle quase não aceitou o papel, apesar de saber que o queria desde o momento em que leu o roteiro. Até quando o diretor Simon Curtis foi a sua casa, em Nova York, ela não estava certa se poderia aceitar e o forçou a realizar um teste. "Eu disse: ‘Quero que nós dois saibamos que consigo fazer isso. Não quero que esse papel seja oferecido a mim por nenhuma outra razão a não ser por minha capacidade’." A pressão de interpretar Marilyn quase a fez desistir. "Tive muito medo. Senti como se estivesse em uma queda livre. Queria pegar o próximo trem para os Alpes e fugir de tão aterrorizada que estava." E o medo ainda não a deixou. "Nunca quis tanto saber a opinião das pessoas sobre um filme", diz. O receio sobre a recepção do longa não é só uma demonstração da insegurança em relação a seu talento. Sua principal preocupação é desapontar uma mulher morta há quase 50 anos. "Sinto que tenho uma responsabilidade com Marilyn", ela explica, "e uma responsabilidade com o ideal que todos têm da diva. Ela tinha a habilidade de despertar em você a vontade de tomar conta dela, sabe?"



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